Muito se tem comentado sobre o livro da Profa. Heloisa Ramos. Muitos atacaram e muitos saíram em defesa. sabemos que nossa língua é difícil mas sabemos também que para galgar postos e melhores salários a fala é fundamental. Não prestigiar a todos com a norma culta (como estão chamando escrever e falar corretamente) é retirar de alguns a chance de progredir dentro de nossa sociedade. Os que estão atacando o livro, já chamado até de kit jeg, dizem que escola existe é para passar para os alunos a norma culta, que a escola tem que tentar nivelar por cima. Os que estão defendendo estão, erroneamente, dizendo que a intenção é só mostrar que existem as duas formas e quem está atacando é porque não leu o livro todo. Ledo engano. A equipe da AÇÃO EDUCATIVA do MEC, que aprova estes livros escreveu em sua defesa do livro o seguinte texto que recebi como conselheiro do conselho de educação de Fortaleza:
Uma escola democrática deve ensinar as regras gramaticais a todos os alunos sem menosprezar a cultura em que estão inseridos e sem destituir a língua que falam de sua gramática, ainda que esta não esteja codificada por escrito nem seja socialmente prestigiada.
Assinado pelo Salomão Ximenes.
Sem destituir a língua que falam quer dizer aceitar os erros de fala e de gramática. As escolas não deveriam tirar pontos de uma redação escritas com absurdos como: nós vai e tantos outros. quem saiu em defesa é que não leu a justificativa do pessoal da AÇÃO EDUCATIVA. Um texto de um romance pode conter qualquer tipo de escrita e preconceito pois ele está descrevendo uma fala de uma região ou está voltando para um outro tempo na história da humanidade. Porém um texto que pretende ser a base de ensino de uma escola não pode defender que existam várias maneiras de se escrever e falar e que todas devem ser aceitas. Temos que prover a todos das mesmas ferramentas e a escrita e a fala correta são algumas dessas ferramentas. Aceitar o erro é uma omissão e se for proposital é um crime contra a criança e a adolescência.
Lauro H. S. de O. Lima