Escola de Pais (Daniel e Cláudia (pais do Arthur))
Há alguns dias pude participar de uma experiência maravilhosa: a escola de pais.
Pude compreender como é a rotina do nosso querido Arthur.
Os estímulos, os questionamentos e o relacionamento com as crianças. Tudo isso feito pra gente grande entender
as experiências dos pequenos em sala de aula.
Quero parabenizar a escola por seu método e pela oportunidade dada a nós, pais.
Obrigado,
Daniel e Cláudia
Escola de Pais (Taís Silva, mãe da Isabella – Rec. Cuca)
“A Escola de Pais que o Colégio Oliveira Lima realizou foi maravilhosa. Pude vivenciar o que minha filha faz diariamente na escola, participando das mesmas atividades, voltando a ser criança e aprendendo.
Posso dizer que foi fantástica essa experiência! O Colégio me surpreendeu, superou todas as minhas expectativas em relação ao método e foram esclarecidas todas as dúvidas que eu ainda tinha. Saí da escola de pais totalmente segura da escolha que fiz para minha filha, ela realmente está no colégio certo!”
A escolha de uma escola (Marcelo M. Freire (Pai do Bernardo e da Catarina))
Quando eu e minha esposa decidimos colocar nosso primeiro filho em uma escola, tivemos a mesma dúvida que deve ter a grande maioria dos pais: Onde? Qual?
Fizemos uma peregrinação em vários lugares. Escolas tradicionais com décadas de experiência; escolas de grande renome na cidade, no estado e até mesmo no nosso país; escolas onde estudam os filhos de parentes, amigos e conhecidos. Praticamente em todas o que víamos era uma realidade que se repete há várias décadas: a criança é um número. Poucos professores e funcionários sabem qual o seu nome, quem são seus pais, como é a sua família.
Vivi essa realidade quando aluno de uma famosa escola, onde estudava a grande maioria dos filhos da classe média e alta de Fortaleza. Eu era mais um numa série onde existiam pelo menos quatro salas com uma média de 40 alunos em cada uma. Aqueles que se destacavam pela inteligência, pela dedicação ao estudo, pelo carisma ou pela beleza eram os “conhecidos”. Mas o que era dos outros? Daqueles que tinham um grande potencial, mas precisavam de uma atenção especial para desenvolvê-lo? Daqueles que apresentavam uma dificuldade de aprendizado ou de concentração? Eram números! Pagavam as contas do colégio! Eram a fonte de recursos para uma ampliação da estrutura física da escola. Quantas boas mentes não foram perdidas? Quanto potencial não foi desperdiçado? Quantos não passaram por preguiçosos, vagabundos ou até mesmo incompetentes intelectuais, para ser politicamente correto?
Então ficamos com a pergunta na cabeça: O que nós queremos para o nosso filho?
Foi quando um conhecido de minha esposa falou do Colégio Oliveira Lima. Oliveira o que? Onde é essa escola? Nunca ouvi falar? Nunca tinha sequer ouvido falar do Prof. Lauro Oliveira Lima! Quanta ignorância de nossa parte! Um dos maiores nomes da educação em nosso país e nós nem sabíamos quem era!
Decidi conhecê-la. Quando cheguei à escola eu pensei: Cadê o campo de esportes? Cadê o parque com os brinquedos? Cadê a mega-estrutura que eu via nas outras escolas que havíamos visitado? Lembro muito bem da resposta que tive da coordenadora da escola na época: Seu filho precisa de tudo isso? Quantas vezes você usou o ginásio da sua escola quando você era aluno? Foi o primeiro paradigma derrubado!
Depois de várias conversas com minha esposa resolvemos matriculá-lo, pois a escola era pequena, com poucos alunos por sala, seria dada mais atenção para o nosso filho.
Durante a primeira semana de aula fui com ele todos os dias e ficava no pátio, sentado em uma cadeira, para que ele soubesse que eu estava lá. Assim a adaptação não seria tão traumática. Ele chorou, claro! Todos choram! Mas confesso que tive vontade de chorar também!
Uma coisa me chamou a atenção: de tempos em tempos as crianças saiam da sala de aula e iam para o pátio brincar. Que diabos de escola é essa que as crianças param o tempo todo de estudar e vão brincar? Isso não dá certo! Quando se está entrando no ritmo do estudo se pára para brincar! Não se aprende nada assim! E isso não acontecia somente com os pequenos, os grandes também faziam o mesmo. Havia uma sala de aula do lado onde eu ficava sentado que parecia que a cada minuto acontecia uma revolução! Eram gritos, arrastado de cadeiras, uma confusão. E a disposição das carteiras da sala? - Como assim? - Não tem carteiras? São mesas com cadeiras! - E essa professora sem moral alguma com os alunos que não param de falar? Como é que se aprende alguma coisa desse jeito?
A cada reunião de pais eu voltava com a mesma dúvida: E quando o meu filho sair daqui e for para outro colégio, ele vai conseguir acompanhar o ritmo? Será que ele está recebendo o mesmo conteúdo de informação que as outras crianças desses colégios estão? E o vestibular? Não é melhor ele começar desde cedo a ser “preparado”? Sempre fiz essa pergunta e sempre recebia a mesma resposta: - Ele vai conseguir! - Ele vai tirar tudo de letra! Sinceramente, no fundo isso não me convencia.
Com o passar do tempo fui mais que aceitando do que acreditando nessa resposta. Até que certo dia, conversando com alguns pais de ex-alunos que acabaram de sair da escola ouvi um comentário que foi comum a todos: Meu filho/filha passou para turma especial na escola tal. Um comentário em especial me chamou a atenção. Um desses ex-alunos havia dito ao pai: - Eu quero sair da turma especial! Eles competem o tempo todo. É um contra o outro e a escola estimula isso. Aqueles alunos só pensam em estudar. Eu aprendo as coisas com muito menos tempo de estudo que eles. Não preciso passar o dia todo no colégio!
Outro dia fomos a uma festa de 15 anos onde ficamos à mesa com alguns amigos, e um deles estava com uma filha que era aluna do Oliveira Lima. Enquanto a esmagadora maioria dos adolescentes se embriagava ao ponto de cair no chão, a garota estava conversando com as pessoas da mesa sem demonstrar o menor interesse naquele comportamento dos demais de sua idade! Minha esposa olhou pra mim e falou: Olha aí – Efeito Oliveira Lima!
Quando passo em frente ao colégio onde estudei a minha vida toda sempre me vem o pensamento: Nossa, eu detestava esse lugar! E sempre quando acontecem os eventos culturais (feiras de ciência e arte, festas de São João e Final de Ano) no Oliveira Lima, vejo vários ex-alunos na platéia. O que será que faz esses adolescentes não esquecerem a antiga escola? Por que essa ligação tão forte com aquele lugar? Parece que eles não querem esquecer!
Minha última experiência para derrubar mais um “preconceito” foi a Escola de Pais. Se eu tinha alguma dúvida da escolha que havíamos feito, ela foi praticamente apagada nesse último encontro com o corpo docente do colégio. Nesse evento tivemos a oportunidade de saber o que realmente nossos filhos fazem lá. Lembram das constantes pausas para brincar? Pois eles estão aprendendo, na prática, na brincadeira, o que viram na sala de aula. Sabem aquele absurdo de pesquisa em revistas e internet que é pedida pelo colégio? Eles usam tudo aquilo mesmo! Fizemos grupos de pais para realizar as atividades que nossos filhos fazem no colégio. Senti-me um incompetente. Pediam-nos para fazermos coisas que pareciam impossíveis para nós adultos, com diplomas de faculdade na parede, mas que nossos filhos fazem na maior naturalidade. Sabe por quê? Por que eles são ensinados a pensar! Eles são ensinados a questionar! Eles aprendem a dar a opinião. Agora eu entendo a “bagunça” naquela sala de aula na primeira semana que fiquei com meu filho no colégio. Não era bagunça, era discussão sobre um assunto! Era aprendizado!
Saí daquele encontro feliz e triste ao mesmo tempo. Triste porque fiquei com a sensação de que eu perdi muito do que eu podia ter desenvolvido do meu potencial quando aluno da famosa escola que estudei. Veio o questionamento: - Por que comigo não foi assim? Feliz porque sei que meus filhos estão tendo a oportunidade de desenvolver o mais importante para a vida deles: a Inteligência, a cidadania, o respeito pelo outro, pelo diferente, o interesse pela informação.
Hoje tenho certeza que os sacrifícios que fazemos para mantê-los na escola são na verdade investimentos nos nossos filhos. Não quero um filho num outdoor na cidade fazendo propaganda de uma escola porque ele passou em primeiro lugar na faculdade de Medicina, de Direito ou no ITA. Passar na faculdade é conseqüência. Quero um filho com capacidade para enfrentar e resolver os problemas que a vida lhe trará. Quero um filho cidadão!
Marcelo Moraes Freire
Pai do Bernardo e da Catarina